11 de nov. de 2009

A garota queimada

Eu tinha ido à casa de um amigo fazer um trabalho. Fui embora só de noite, devia ser umas 10 horas mais ou menos.

Em vez de voltar pela avenida como é de meu costume, resolvi voltar pelos becos que tem entre as casas do bairro. O único problema é que eu me perdi no meio daquilo e não tinha ninguém para eu pedir informações ou coisa do tipo.

Estava começando a ficar nervoso quando ouvi uma voz feminina. Para minha surpresa era uma garota! Tinha cabelo preto com rabo de cavalo, pele clara, meio baixa e aparentava ter uns 14 anos.

Ela disse para mim:

- Olá, Giovani.

Nem preciso descrever como fiquei surpreso quando ela disse meu nome. Eu nunca tinha visto ela na vida.

A primeira coisa que perguntei foi como ela sabia meu nome. A resposta foi: "Eu sempre te conheci, sempre estou perto de você".

Perguntei qual era seu nome, mas ela apenas desviou do assunto dizendo que ia me ajudar a sair dali, porém quando nós saíssemos de lá eu deveria ir embora com ela.

Eu agradeci a ajuda, mas não iria com ela porque já estava tarde. A cara que ela fez foi uma mistura de raiva e frustração. Apenas me encarava, quase chorando. Tentei acalmá-la, mas minhas palavras foram interrompidas no momento que eu notei que ela estava sentindo dor. Tanta dor que ajoelhou-se e pôs a cabeça entre as mãos.

Comecei a me aproximar, senti um calor que vinha dela, um calor crescente. Foi nesse momento que fiquei paralisado...

Uma marca de queimadura muito pequena apareceu no rosto dela, em seguida aquilo começou a aumentar e em pouco tempo o corpo todo dela ficou queimado! Queimaduras bem graves, pois sua pele estava toda coberta de cascas e sangue escorria delas enquanto ela tremia ou se mexia.

A garota se levantou e começou a andar em minha direção chorando lágrimas que ficaram com um tom avermelhado.

Comecei a me afastar, o calor aumentava, já estava todo suado. Nesse momento corri o mais rápido que pude até sair na rua. Olhei para trás e não a vi. Foi um alívio...

Cheguei em casa, tomei um banho e tentei dormir, mas não consegui, pois ainda a ouvia chamando meu nome.

Hoje voltei no local onde a encontrei, mas não achei nada de anormal.

Fato contado por uma pessoa

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